O Futuro do Morar

O uso dos imóveis tem se reconfigurado ao longo das últimas décadas devido às aceleradas mudanças socioeconômicas, com a pandemia impulsionando essa ressignificação das expectativas e preferências dos consumidores. Em resposta a essas mudanças, exploraremos neste artigo como a Ambientação Virtual e as estratégias digitais de marketing podem aumentar a liquidez e relevância dos imóveis no mercado atual.


A DEXCO publicou um estudo sobre o “Futuro do Morar” ¹ em associação com a Spark:off e, a partir desse estudo, identificamos alterações significativas sobre o comportamento e uso do imóvel por futuros compradores. Avaliamos esse artigo sob a ótica de uma imobiliária e como a Ambientação Virtual, aliada a estratégias digitais de marketing, pode potencializar e melhorar a liquidez dos imóveis.

Muito além de moradia, o imóvel é o maior investimento que a grande maioria das famílias brasileiras faz ao longo de toda sua vida - essa compra vem carregada de sonhos, expectativas e emoções de futuros moradores.

Voltando ao estudo da DEXCO, até a pandemia, a casa era vista como um local de passagem e repouso. Durante a pandemia, a vida foi confinada aos imóveis e, desde então, a moradia passou a desempenhar múltiplos papéis.

O que as pessoas buscam é se sentir bem dentro de seus lares - abraçando a diversidade da moradia - intergeracional, moradia flexível e para diferentes estruturas familiares.

Uma moradia adequada aos tempos atuais dialoga com o entorno, funciona como um ponto de conexão entre o indivíduo, comunidades e arredores, além de acessível e super flexível às mudanças de necessidades e funções.

A pesquisa rastreou tendências locais e globais dos lares, considerando o que o consumidor deseja em relação a sua moradia. Analisando o comportamentos das pessoas, especialistas de diferentes áreas identificaram novos desejos e valores para a compra de imóveis:

  • Arquitetura de áreas comuns e edifício

  • Design de interiores

  • Design de produto

  • Hospitalidade (culinária, bem-estar, energia e entretenimento)

Segundo o estudo, entre 2012 e 2022, o número de pessoas entre 25 e 34 anos que não saiu de casa aumentou 137% nos Estados Unidos, uma tendência global por questões de conveniência, reforçada pelas consequências da pandemia.

Paralelamente ao crescimento de lares multigeracionais, no Brasil, ocorreu também o aumento de moradias (43,7%) com um único habitante nos últimos dez anos, segundo o IBGE – o que gerou uma crescente procura por apartamentos cada vez menores.

Chegou o momento de ampliarmos o olhar para as novas necessidades dos lares multigeracionais, atendendo gerações com diferentes gêneros, estilos e demandas, em diferentes estágios de vida. Enquanto no morar solo, com apartamentos ou casas cada vez menores, é preciso pensar em produtos e soluções de construção que correspondam a essa necessidade
— Mateus Silveira da DEXCO

Algumas das mudanças de comportamento apontadas nesse estudos são:

  • Conectividade³

  • Inclusão & longevidade⁴

  • Eficiência Ambiental & Energética

Ou seja, há fortes indícios de mudanças de hábitos e processo de decisão no uso do imóvel para adequar-se as mudanças de estilo de vida, ao longo do tempo, integrando trabalho, lazer, envelhecimento, mobilidade, assim como a preocupação com a redução do impacto ambiental desses imóveis. O estudo mostra que as pessoas tomaram consciência, pós-pandemia, de que a moradia é fundamental para o bem-estar físico, mental e social.

Essas mudanças de comportamento foram categorizadas em 5 Tendências do Futuro da Moradia e Comportamentos de Consumo:

  1. CASA CONECTADA: Vida social e profissional produtiva e hiper adaptada ao trabalho híbrido/remoto

  2. PRAZER EM MORAR: Moradias com entretenimento, diversão, recepção de amigos e família

  3. BEM ESTAR EM CASA: Ambientes serenos, reconfortantes para recarregar e reduzir ansiedade

  4. BIOFILIA RADICAL: Trazer verde e vida para dentro de casa

  5. VIVENDO COM FLUIDEZ: Adaptabilidade de espaços multifuncionais, móveis versáteis e modulares, alturas reguláveis, ajustes ergonômicos para diferentes idades e necessidades.

O lar, que antes era apenas um espaço para refeições, dormir e armazenar, voltou a assumir um papel protagonista multifuncional como centro de conexões dos moradores. Agora, ele serve para trabalhar remotamente, receber pessoas, celebrar e ser o local de recolhimento e descanso. No mesmo estudo, 54% das pessoas acreditam que o aspecto mais importante do lar é a capacidade de celebrar e relaxar. Para atingir este objetivo, todos os ambientes devem integrar-se de forma inteligente.

No estudo da NAR de 2023, 81% dos potenciais compradores não conseguem imaginar como é o uso do espaço em um imóvel desocupado. Portanto, permita que seus clientes se conectem emocionalmente com os imóveis, potencializando e melhorando a liquidez com ambientação virtual ou até mesmo real. Isso pode trazer até 3 vezes mais engajamento de potenciais clientes nas redes sociais e em seu portal.


Anterior
Anterior

IA Generativa e o Mercado Imobiliário

Próximo
Próximo

Ambientação Imobiliária: Da Ambientação Física nos Anos 70 à IA em 2024